A maioria das pessoas já pensou – nem que seja por um único instante – em se tornar um empreendedor. Ser dono do próprio nariz, não precisar dar satisfação a chefes e superiores, ter o controle sobre os horários e quem sabe até ganhar muito dinheiro.
O momento é bastante propício ao que convencionamos chamar de empreendedores por vocação ou oportunidade. A economia em crescimento oferece boas chances àqueles que possuem idéias inovadoras e atitude empreendedora, o que, diga-se de passagem, não se adquire de uma hora para outra.
Um funcionário dedicado não necessariamente será um empreendedor de sucesso. Há diferenças sutis, as quais devem ser pesadas antes de optar por uma carreira solo. O fim dos benefícios, as receitas flutuantes, o trabalho extra e as frustrações são alguns aspectos inerentes. Por outro lado, a satisfação pelas conquistas tem sabor inigualável.
Uma vez decidido, sugiro iniciar pela capacitação. Enganado está quem imagina que empreender não exige preparo. Controlar o caixa, negociar as compras, controlar as vendas e o nível de estoques. Entrevistar, contratar, treinar, demitir e motivar. Planejar, analisar o mercado, os concorrentes e fazer contatos são algumas das atividades da nova função.
Existem diversos cursos e treinamentos promovidos por órgãos como o Sebrae, os quais poderão auxiliá-lo, encurtando o caminho, antecipando barreiras e fornecendo preciosas dicas.
O passo seguinte está na coleta de informações, tais como: perfil do público-alvo, necessidades não atendidas, produtos e serviços oferecidos, concorrentes e fornecedores, auxiliando na definição do foco do negócio.
A próxima etapa consiste em compreender o mercado. Procure informações sobre seu potencial, crescimento, nível de concorrência, oportunidades e ameaças. Câmaras setoriais, associações e publicações especializadas poderão ajudá-lo. Considere também algumas reuniões ou entrevistas com profissionais do mercado.
É hora de consolidar e ordenar as informações obtidas através do plano de negócios, essencial para qualquer empreendimento. Será este documento que apresentará sua viabilidade, através de projeções de faturamento, custos e despesas.
Aprovado o plano, é hora de formalizar o seu negócio. Creio que não deseje atuar na informalidade depois de tanto trabalho. Criar um nome, consultar sua disponibilidade, registrá-lo, emitir as primeiras notas, recolher os impostos e fazer a contabilidade são aspectos que podem ser terceirizados a um contador de confiança.
Por fim, sugiro aos novos empreendedores a seguirem a equação: sucesso = I + P + A + S, que significa informação, planejamento, atitude e suor. Afinal de contas, liberdade, autonomia e satisfação também têm seu preço.